Hoje em dia, muito se ouve falar sobre empreendedorismo. Na atual situação do país, onde a crise impera, empreender talvez seja a solução para muitas pessoas que se veem desempregadas. O problema é que, nem sempre, elas sabem como fazer isso. A solução é se aproximar mais deste assunto, discuti-lo. O que pode ter início na infância, dentro das escolas.
De acordo com o consultor empresarial Silvano Beserra, o empreendedorismo deve ser apresentado a criança logo no início da vida escolar, para que ela já comece a entender como funciona o mundo dos negócios e fique atenta às oportunidades que lhes são oferecidas. “É com isso que vejo que o espírito empreendedor poderá ser incentivado e muitas ideias de novos negócios poderão surgir, fora o fato de que esse aprendizado também ensinará a criança a lidar com o dinheiro. Aprenderá desde cedo como economizar e como administrar sua mesada”, comenta Beserra.
É essencial que o aluno possa discutir assuntos relacionados ao empreendedorismo em sala de aula. Para isso, é necessário que as escolas insiram o tema nos conteúdos que são ministrados. Para as crianças, os educadores podem apostar em aulas mais lúdicas, como comenta o consultor. Algumas opções podem ser jogos, brincadeiras que envolvam a gestão e visitas a empresas. “É preciso entender que fazendo isso estamos dando ao nosso jovem uma escolha no futuro, uma opção a mais, ser empregado ou empresário, ou seja, um empregador, podendo contribuir para criar mais oportunidades de emprego para as futuras gerações”, diz o consultor.
Silvano comenta a diferença entre o jovem brasileiro e os de outros países. Segundo ele, lá fora o jovem é melhor preparado, tanto para ser empregador, quanto para ser empregado. “Aqui não temos essa opção, somos preparados para ser empregados e, com isso, teremos uma geração no futuro totalmente dependente do emprego. Precisamos inverter esta situação. Criar mais oportunidades para novos
empreendedores é a garantia de mais empregos no futuro. E todo o conhecimento sobre isso pode e deve ser adquirido também dentro da escola”, finaliza Beserra.