É preciso jogo de cintura para “reconquistar” o aluno após o período de férias

As férias são um período em que deixamos as obrigações de lado e aproveitamos os momentos de lazer. E são esses momentos que fascinam as crianças no período das férias escolares, e não é para menos, computador, cinema, games, esportes e passeios são sinônimo de diversão, não só para a garotada. Se já é possível se entediar nessas horas de descanso, caso não haja algo de diferente para fazer, imagina então quando voltam as aulas. E é justamente a volta às aulas um momento difícil para prender a atenção do aluno.

De acordo com a doutora em Educação Denise Lemos Gomes, as atividades propostas nas salas de aula são, geralmente, repetitivas, cansativas e desacompanhadas da reflexão do educador antes, durante e depois de sua aplicação. A falta de dinamismo faz com que o aluno perca o interesse. “É necessário diversificar as dinâmicas, as atividades e os modos de organização delas, ou seja, incluir situações didáticas em grande grupo, pequenos grupos, duplas, além das realizadas de forma individual”, comenta Denise.

A doutora em Educação explica que o universo escolar não se restringe mais a aprendizagem de conteúdos a que estamos acostumados, como Português, Matemática, História e Ciências, mas também se presta a socialização, troca de experiências, com a intenção de trabalhar as emoções, princípios e valores, para que o estudante se descubra ou se redescubra como sujeito da sociedade.

Para isso, segundo Denise, o professor precisa ter uma formação sólida e atualizada, ser comprometido e estar motivado a se mobilizar para buscar alternativas, recursos pedagógicos e metodológicos criativos e inovadores, que estimulem os discentes, no contexto educacional.

Outra forma de o educador cativar o interesse dos alunos pela aprendizagem é estreitar os laços da relação professor aluno, é entrar no universo da criança. “Para isso, é preciso saber com que faixa etária está trabalhando, afim de que se conquiste a confiança, para que partilhem diferentes momentos educacionais, os medos e as inseguranças pessoais e também as ligadas ao aprendizado. O relacionamento entre ambos precisa ser respeitoso, mas não permissivo; firme, mas não rude”, comenta Denise.

Denise explica que, desta forma, o educador pode ainda perceber tanto as fragilidades quanto as potencialidades do aluno, estimulando-o a transpô-las ou a desenvolvê-las, sem deixar que seu rendimento escolar seja prejudicado em qualquer período letivo, antes ou depois das férias.

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